perfoartnet 2018

International  Biennial of  Performance  VI    Bienal Internacional de Performance

 

T Angel - Manifiesto Freak

Osasco, 27 de Dezembro de 2015.

– Somos freaks!
Nossos corpos e subjetividades são estranhas, esquisitas, abjetas, anormais,
monstruosas. Somos os nossos corpos.
– Somos o corpo muito gordo, o muito musculoso, o muito magro, o muito
branco, o muito preto, o muito vermelho, o muito amarelo, somos policromias
barulhentas. Somos o excesso, somos o exagero que causa distúrbio em sua
zona de conforto.
– Somos a mulher vampiro, o enigma, o homem lagarto. Somos o gato que não
é macho e nem fêmea e é. Somos a mulher com pênis, o homem com vagina,
o menino sem genital, sem nariz, somos as pessoas que não têm gênero.
Somos o ruído das normatividades sexuais. Somos o anjo, o demônio, o alien,
o cyborg, o xamã. Somos o pássaro, o diamante negro, o tabuleiro, as deusas,
os heróis e os vilões das estórias e mitologias. Somos o passado, o presente e
o futuro. Somos zumbis, a negra, guerreiras, entidades de chifres, línguas
bipartidas e alma serena. Somos quimeras. Somos as cicatrizes dos nossos
corpos. Somos os amputados, as cegas bailarinas, os surdos e os mudos
eloquentes. Embalamos o mundo em uma cadeira de rodas.
– Somos a lagarta, o casulo, a borboleta e o pó. Somos a metamorfose.
Poeiras de estrelas.
– Sabemos que a nossa monstruosidade varia de acordo com o nosso poder
financeiro. Quanto menos dinheiro temos, mais monstruosos e abjetos somos.
O tamanho da nossa monstruosidade aumenta acompanhando o tamanho da
hipocrisia e mau caratismo de quem segue essa linha de raciocínio.
– Alteramos por iniciativa pessoal e, pelas mais diversas motivações, as cores
das nossas peles, escleras e as silhuetas dos nossos corpos. Perfuramo-nos e
nos permitimos consensualmente ser perfurados. Em nossos corpos inserimos
próteses artificiais, removemos partes, criamos relevos, inventamos texturas e
novas possibilidades estéticas, místicas e éticas de existência.
– Não há interesse em se preocupar com a harmonia das cores e das formas
quando pensamos sobre os nossos corpos. A preocupação está em atender as
nossas próprias demandas, necessidades e os nossos anseios, desejos e
gostos, baseados naquilo que individualmente acreditamos e entendemos
como belo ou grotesco e a infinitude de todas as possibilidades existentes entre
um conceito e outro.  Nossos corpos, nossas escolhas.

– Buscamos a harmonia entre a nossa presença e experiência, isto é, a forma
que nos colocamos no mundo.
– Não nos preocupamos se o mercado de trabalho vai nos aceitar ou não. A
nossa preocupação está em como ainda aceitamos que o mercado de trabalho
exclua pessoas baseando-se na vileza dos julgamentos sobre aparência.
Julgamentos estes que alimentam, sobretudo, um princípio racista. Caráter não
vem impresso do lado de fora do corpo.
– O nosso corpo é uma construção social. O seu também é.
– A modificação corporal é um legado social, cultural, político, artístico, logo,
histórico da humanidade. Um patrimônio efêmero, um legado precioso e
sagrado.
– A modificação corporal é uma extensão daquilo que você é. Tenha orgulho
do que você é. Não permita que ninguém retire o seu orgulho de você.
– Não existe modificação corporal que não seja política. O corpo é político em
si. Viver em si é um ato político.
– Não existe corpo vivo que não seja modificado.
– Buscamos compreender e se fazer compreender as modificações corporais
reconhecendo as nossas especificidades tupiniquins e latinas. Temos uma
vivência rica e complexa que não pode e não deve ser pormenorizada. A nossa
história com as modificações corporais é anterior a colonização. A colonização
foi responsável pelo extermínio de parte dessa história. A colonização não
acabou ainda.
– Recusamos seguir perpetuando noções colonizadas e colonizadoras sobre
os nossos corpos. Recusamos seguir perpetuando noções colonizadas e
colonizadoras sobre os conhecimentos dos estudos dos corpos.
– Não queremos mais que apenas os doutores e as doutoras teorizem e
busquem definições sobre o que somos. Nós queremos contar o que somos,
com a nossa própria voz, com a nossa própria escrita, com o nosso próprio
silêncio, com o nosso próprio corpo.
– A Teoria Freak deverá ser escrita pelas próprias pessoas freaks. A Teoria
Freak deverá ser contada, principalmente, pelas próprias pessoas freaks. E,
então somente, na ausência destas ou na total impossibilidade da presença
destas, é que precisaremos de alguém que fale por nós. Reivindicamos a
nossa presença, recusamos o confinamento da nossa existência nas sombras
e nos bueiros.
– Assumimos e nos levantamos contra a normatividade e a domesticação da
vida. Não somos corpos dóceis. Nós queremos dançar ao som da destruição
da normatividade compulsória.

– Não aceitamos que a família, a igreja, a ciência ou, tão pouco, o Estado diga-
nos o que podemos fazer com os nossos corpos. Não precisamos de um selo
de aprovação ou etiqueta de autenticidade de nenhuma instituição para
existirmos, já somos uma realidade. Não estamos pedindo permissão para
existir, estamos dizendo em alto e bom som que já estamos aqui e buscamos
uma coexistência pacífica.
– Não precisamos pedir autorização para sermos quem somos, assim,
dispensamos a noção patriarcal, violenta, controladora e autoritária de ter que
pedir permissão e comprovar que somos o que somos – para então, somente
depois de que alguém que não nós, diga que somos – para que a nossa
existência tenha validade e dignidade. Nós já somos uma realidade. A nossa
existência não só tem validade como está plena em legitimidade. Exigimos
dignidade!
– Não existe dignidade sem autonomia sobre o próprio corpo.
– Toda ofensa feita sobre a nossa estética só expõe a sua falta de ética sobre
a plenitude da vida.
– A biologia diz que sem diversidade não haveria vida. A cultura diz que sem
diversidade não haveria vida. Nós dizemos que sem diversidade não haveria
vida.
– Entendemos que compomos uma minoria. Entendemos que, assim como as
chamadas minorias, sofremos opressão e parte de um processo de exclusão
social e segregação espacial. Por isso e com a plena consciência do sistema
violento que vivemos é que endossamos os discursos e lutas contra a
misoginia, o machismo, o elitismo, o sexismo, a gordofobia, o racismo, o
capacitismo, o etarismo, as LGBTQIfobias, a xenofobia e etc. Conclamamos e
alertamos também da importância da conscientização sobre a luta contra o
especismo. Nós, seres humanos, não estamos no topo de absolutamente nada.
Não nos superestimemos.
– Lutemos contra o autoritarismo, a injustiça, a opressão e o controle dos
corpos, mesmo que isso implique levantes contra as próprias pessoas da
comunidade da modificação corporal. O discurso dominante é poderoso, o
dinheiro é poderoso e corrompe, o poder é poderoso, corrompe e é vicioso.
– Não permitiremos que aconteça assimilação daquilo que somos. Nem por
imposição econômica, nem por imposição familiar, nem por imposição religiosa,
nem por imposição do Estado, nem por você e nem por ninguém. Só seremos
invisíveis – e podemos sê-lo – quando então quisermos. Nós escolhemos!
– Ser invisível é resistência contra um aparato institucional estatal violento,
autoritário e opressor. Se for preciso ser invisível para que a nossa existência
não seja exterminada e apagada, assim o seremos. Repetindo: ser invisível
deve ser uma escolha nossa e não uma imposição de outrem.

– Não queremos atender os interesses de uma vida normativa, pois não
acreditamos nesse modelo fabricado e enlatado. A normatividade é uma ilusão
violenta que fizeram você acreditar que é a única verdade possível.
– Não existe uma única realidade possível.
– Não existe um único modelo de corpo possível.
– Não existe uma única possibilidade de felicidade possível.
– Não existe um único caminho. Nunca existiu e nem nunca existirá. Se for
preciso caminhar na terra, caminharemos. Se for preciso caminhar na água,
caminharemos. Se for preciso aprender a voar, aprenderemos. Adaptação,
evolução, revolução.



Osasco, December 27, 2015.

- We are freaks!
Our bodies and subjectivities are strange, weird, abject, abnormal, monstrous.
We are our bodies.
- We are the fatest body, the most muscular, the thinest, the whitest, the
blackest, the redest, the yellowest, we are noisy polychromy. We are the
excess, we are the exaggeration that causes disturbance in your comfort zone.
- We are the vampire woman, the enigma, the lizard man. We are the cat that is
not male or female and is. We are the woman with penis, the man with vagina,
the boy without genital, without nose, we are the people who have no gender.
We are the noise of sexual normativies. We are the angel, the demon, the alien,
the cyborg, the shaman. We are the bird, the black diamond, the board, the
goddesses, the heroes and the villains of the stories and mythologies. We are
the past, the present and the future. We are zombies, la negra, warriors, entities
of horns, splitted tongues ​​and serene soul. We are chimeras. We are the scars
of our bodies. We are the amputees, the blind dancers, the deaf and the
eloquent dumb. We rock the world in a wheelchair.

- We are the caterpillar, the cocoon, the butterfly and the dust. We are the
metamorphosis. Star dust.

- We know that our monstrosity varies according to our financial power. The
less money we have, the more monstrous and abject we are. The size of our
monstrosity increases by following the size of the hypocrisy and bad charactism
of those who follow this line of reasoning.

- We modify by personal initiative and, for the most diverse motivations, the
colors of our skins, sclera and the silhouettes of our bodies. We pierce
ourselves and we allow consensually
to be pierced. In our bodies we insert artificial prostheses, remove parts, create
reliefs, invent textures and new aesthetic, mystical and ethical possibilities of
existence.

- There's no point in worrying about the harmony of colors and shapes when we
think about our bodies. The concern is to answer our own demands, needs and
our wishes, desires and tastes, based on what we individually believe and

understand as beautiful or grotesque and the infinity of all possibilities between
one concept and another. Our bodies, our choices.

- We seek the harmony between our presence and experience, this is, the way
we put ourselves in the world.

- We do not care whether the labor market will accept us or not. Our concern is
why we still accept that the labor market excludes people based on the vileness
of judgments about appearance. These judgments feed, above all, a racist
principle. Character does not come printed on the outside of the body.

- Our body is a social construction. So is yours.

- Body modification is a social, cultural, political, artistic, and historical legacy of
humanity. An ephemeral patrimony, a precious and sacred legacy.

- Body modification is an extension of what you are. Be proud of who you are.
Do not let anyone take your pride away from you.

- There is no body modification that is not political. The body is political in itself.
Living in itself is a political act.

- There is no living body that is not modified.

- We seek to understand and to make understand the body modifications
recognizing our Tupiniquins and Latin specificities. We have a rich and complex
experience that cannot and should not be detailed. Our history with bodily
modifications predates colonization. The colonization was responsible for the
extermination of part of this history. Colonization is not over yet.

- We refuse to continue perpetuating colonized and colonizing notions about our
bodies. We refuse to continue perpetuating colonized and colonizing notions
about the knowledge of body studies.

- We don’t want anymore that just the doctors theorize and look for definitions
about what we are. We want to tell what we are, with our own voice, with our
own writing, with our own silence, with our own body.

- The Freak Theory should be written by the freaks themselves. The Freak
Theory must be told, mainly, by the freaks themselves. And then, only in the
absence of these freaks or in the total impossibility of their presence, will we
need someone to speak for us. We claim our presence, we refuse the
confinement of our existence in the shadows and the downtake gullies.
-We assume and stand against normativity and the domestication of life. We are
not docile bodies. We want to dance to the sound of the destruction of
compulsory normativity.

- We do not accept that the family, the church, science, or even the state, tell us
what we can do with our bodies. We do not need a seal of approval or a label of
authenticity from any institution to exist, we are already a reality. We are not
asking for permission to exist, we are saying loud and clear that we are already
here and we seek a peaceful coexistence.

- We do not need to ask permission to be who we are, so we dispense those
patriarchal, violent, controlling, authoritarian notion of having to ask permission
and prove that we are what we are - then, only after someone other than us,
say that - our existence has validity and dignity. We already are a reality. Our
existence is not only valid but full of legitimacy. We demand dignity!

- There is no dignity without autonomy over our own body.
- Every offense about our aesthetics only exposes your lack of ethics about the
fullness of life.

- Biology says that without diversity there would be no life. The culture says that
without diversity there would be no life. We say that without diversity there
would be no life.

- We understand that we make up a minority. We understand that, like so-called
minorities, we suffer oppression and part of a process of social exclusion and
spatial segregation. That’s why, and with the full awareness of the violent
system we are experiencing, we endorse discourses and struggles against
misogyny, machismo, elitism, sexism, fatphobia, racism, capacitism, ageism,

LGBTophobia, xenophobia and etc. We also call attention to the importance of
awareness of the struggle against specism. We humans are not at the top of
absolutely nothing. Let us not overestimate ourselves.

- We must fight against authoritarianism, injustice, oppression and control of
bodies, even it implicates upraising against the people of body modification
community. The hegemonic discourse is powerful, money is powerful and
corrupt, the power is powerful, corrupt and it is vicious.

- We will not allow happening the assimilation of what we are. Neither by
economic imposition, nor by family imposition, nor by religious imposition,
neither by imposition of the State, by you and by no one. We will only be
invisible - and we can be invisible - when we want to. We choose!
- Being invisible is resistance against a violent, authoritarian and oppressive
state institutional apparatus. If we must be invisible for that our existence is not
exterminated and erased, we will be. To repeat: to be invisible must be our
choice and not an imposition of another.
- We do not want to serve the interests of a normative life, because we do not
believe in this manufactured and canned model. Normativity is a violent illusion
that made you believe that it is the only one possible truth.
- There is no single possible reality.
- There is no single model of body possible.

- There is no single possibility of happiness possible.

- There is not a single path. It never existed and will never exist. If it is
necessary to walk in the earth, we will walk. If it is necessary to walk in the
water, we will walk. If we must learn to fly, we will learn. Adaptation, evolution,
revolution.

 

Osasco, 27 de diciembre de 2015.

- ¡Somos monstruos!
Nuestros cuerpos y subjetividades son extraños, extraños, abyectos, anormales, monstruosos.
Somos nuestros cuerpos.
- Somos el cuerpo más gordo, el más musculoso, el más delgado, el más blanco, el
Los más negros, los más rojos, los más amarillos, somos policromías ruidosas. Somos los
exceso, somos la exageración que causa perturbaciones en su zona de confort.
- Somos la mujer vampiro, el enigma, el hombre lagarto. Somos el gato que es
No es hombre ni mujer y es. Somos la mujer con pene, el hombre con vagina,
El niño sin genital, sin nariz, somos las personas que no tienen género.
Somos el ruido de las normativas sexuales. Somos el ángel, el demonio, el extranjero,
El cyborg, el chamán. Somos el pájaro, el diamante negro, el tablero, el
Diosas, los héroes y los villanos de las historias y mitologías. Estamos
El pasado, el presente y el futuro. Somos zombies, la negra, guerreros, entidades.
De cuernos, lenguas partidas y alma serena. Somos quimeras. Somos las cicatrices
de nuestros cuerpos. Somos los amputados, los bailarines ciegos, los sordos y los
elocuente tonto. Oscilamos el mundo en una silla de ruedas.

- Somos la oruga, el capullo, la mariposa y el polvo. Somos los
metamorfosis. Polvo de estrellas

- Sabemos que nuestra monstruosidad varía de acuerdo con nuestro poder financiero. los
Cuanto menos dinero tengamos, más monstruosos y abyectos somos. El tamaño de nuestro
La monstruosidad aumenta al seguir el tamaño de la hipocresía y el mal carácter.
De los que siguen esta línea de razonamiento.

- Modificamos por iniciativa personal y, para las motivaciones más diversas, el
Colores de nuestras pieles, esclerótica y las siluetas de nuestros cuerpos. Nosotros perforamos
nosotros mismos y nos permitimos consensualmente
ser perforado. En nuestros cuerpos insertamos prótesis artificiales, removemos partes, creamos
Relieves, inventa texturas y nuevas posibilidades estéticas, místicas y éticas.
existencia.

- No tiene sentido preocuparse por la armonía de colores y formas cuando
piensa en nuestros cuerpos La preocupación es responder a nuestras propias demandas, necesidades y
nuestros deseos, deseos y gustos, basados ​​en lo que creemos individualmente y

Entender como hermoso o grotesco y el infinito de todas las posibilidades entre
un concepto y otro Nuestros cuerpos, nuestras elecciones.

- Buscamos la armonía entre nuestra presencia y experiencia, es decir, el camino.
Nos ponemos en el mundo.

- No nos importa si el mercado laboral nos aceptará o no. Nuestra preocupacion es
Por eso seguimos aceptando que el mercado laboral excluye a las personas por la vileza.
De los juicios sobre la apariencia. Estos juicios alimentan, sobre todo, a un racista.
principio. El personaje no viene impreso en el exterior del cuerpo.

- Nuestro cuerpo es una construcción social. El tuyo también.

- La modificación corporal es un legado social, cultural, político, artístico e histórico de
humanidad. Un patrimonio efímero, un precioso y sagrado legado.

- La modificación del cuerpo es una extensión de lo que eres. Sé orgulloso de quién eres.
No dejes que nadie te quite tu orgullo.

- No hay modificación del cuerpo que no sea política. El cuerpo es político en sí mismo.
Vivir en sí mismo es un acto político.

- No hay cuerpo vivo que no sea modificado.

- Buscamos entender y hacer entender las modificaciones corporales.
Reconociendo nuestras tupiniquinas y especificidades latinas. Tenemos un mundo rico y complejo.
Experiencia que no puede y no debe ser detallada. Nuestra historia con cuerpo.
Las modificaciones son anteriores a la colonización. La colonización fue responsable de la
Exterminio de parte de esta historia. La colonización aún no ha terminado.

- Nos negamos a continuar perpetuando nociones colonizadas y colonizadoras sobre nuestros
cuerpos. Nos negamos a seguir perpetuando nociones colonizadas y colonizadoras.
Sobre el conocimiento de los estudios del cuerpo.

- Ya no queremos que solo los médicos teoricen y busquen definiciones.
sobre lo que somos. Queremos decir lo que somos, con nuestra propia voz, con nuestra
Escritura propia, con nuestro propio silencio, con nuestro propio cuerpo.

- La teoría del fenómeno debería ser escrita por los mismos monstruos. El fenómeno
La teoría debe ser contada, principalmente, por los mismos monstruos. Y luego, sólo en el
ausencia de estos monstruos o en la imposibilidad total de su presencia, vamos a
Necesito a alguien que hable por nosotros. Reclamamos nuestra presencia, rechazamos la
El confinamiento de nuestra existencia en las sombras y los barrancos de abajo.
-Asumimos y nos oponemos a la normatividad y la domesticación de la vida. Estamos
No cuerpos dóciles. Queremos bailar al son de la destrucción de
Normatividad obligatoria.

- No aceptamos que la familia, la iglesia, la ciencia o incluso el estado nos digan
Lo que podemos hacer con nuestros cuerpos. No necesitamos un sello de aprobación o una etiqueta de
Autenticidad de cualquier institución para existir, ya somos una realidad. No somos
pidiendo permiso para existir, estamos diciendo alto y claro que ya estamos
Aquí y buscamos una convivencia pacífica.

- No necesitamos pedir permiso para ser quienes somos, por lo que los dispensamos
Noción patriarcal, violenta, controladora, autoritaria de tener que pedir permiso.